Satélite militar explode e lança toneladas de lixo espacial
O artefato orbitava a 800 km de altitude e segundo militares dos EUA, explodiu devido a uma elevação súbita de temperatura no sistema de alimentação. O evento gerou uma grande nuvem e detritos, com pelo menos 43 fragmentos de grande porte catalogados até o momento.
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Até o momento da explosão, ocorrida em 9 de fevereiro, DMSP-F13 havia completado 100 mil orbitas em torno da Terra, com milhares de imagens meteorológicas captadas até 2006 quando foi colocado em stand-by.
Inicialmente, pensou-se que a explosão do DMSP-F13 havia sido causada por algum choque entre o satélite e um possível fragmento de lixo espacial, mas as análises orbitais indicaram que o não houve cruzamento com qualquer objeto catalogado. Além disso, analistas lembraram que esta não foi a primeira vez que um satélite semelhante explodiu.
Em abril de 2004, outro DMSP (DMSP-F11), com 13 anos de uso, experimentou uma catástrofe semelhante e explodiu repentinamente, lançando ao espaço 56 fragmentos catalogados. Naquela ocasião os engenheiros também relataram uma elevação súbita de temperatura nos sistemas de alimentação, o que leva a crer que possa ser uma falha semelhante.
Risco no Espaço
Estima-se que haja no espaço cerca de 600 mil fragmentos maiores que 1 centímetro e pelo menos 16 mil maiores que 10 cm, o que torna a colisão entre esses objetos e os satélites em orbita uma grande preocupação para as agências espaciais.
Pelo menos duas vezes por ano a Estação Espacial Internacional precisa fazer manobras para evitar a colisão com o lixo espacial e à medida que os detritos das colisões ou destruições propositais caem para as orbitas mais baixas, onde estão a ISS e grande parte dos satélites científicos, aumentam também os riscos de colisão.
Colisões Memoráveis
A mais famosa colisão corrida no espaço aconteceu em 2009, após o choque entre o satélite americano Iridium 33 e o russo Cosmos 2251. Esse impacto produziu uma das maiores formações de lixo espacial que se tem notícia e gerou mais de 2 mil objetos fragmentados.
Em janeiro de 2007, os chineses deliberadamente abateram o foguete FENGYUN 1C em pleno espaço e em 2008 foi a vez dos americanos abaterem o satélite espião USA 193, interceptado na alta atmosfera por um míssil do tipo SM-3 (Standard Missile-3).
No início de 2013, um dos fragmentos do FENGYUN 1C atingiu o satélite russo BLITS (Ball Lens In The Space), que teve sua órbita alterada e ficou severamente danificado.
Fonte: www.apolo11.com