Europa começa a se preparar caso um asteroide atinja a Terra
O que a humanidade deveria fazer na próxima vez que uma rocha espacial ameaçar a Terra? As autoridades europeias recentemente despenderam dois dias pensando sobre maneiras de reagir a tal cenário, com a meta de projetar procedimentos eficazes antes do perigo realmente se concretizar.
A primeira simulação deste tipo considerou o que fazer se uma asteroide similar, ou maior do que aquele que explodiu sobre a Rússia em fevereiro de 2013 – o qual tinha aproximadamente 19 metros de diâmetros – chegar próximo da Terra. As autoridades focaram nas atividades que abrangeram de 30 dias a uma hora antecedentes a um impacto em potencial.
“Há grandes números de variáveis para considerar na previsão dos efeitos e danos de qualquer impacto de asteroide, o que torna as simulações como estas muito complexas“, disse Detlef Koschny, diretor das atividades de objetos próximos à Terra do escritório de Situações Espaciais da Agência Espacial Europeia.
“Estas incluem o tamanho, a massa, a velocidade, a composição e o ângulo de impacto“, adicionou. “Mesmo assim, isto não deveria parar a Europa de desenvolver um abrangente conjunto de medidas que poderiam ser tomadas pelas autoridades civis nacionais, o qual pode ser geral o suficiente para acomodar uma gama de efeitos possíveis.”
A explosão do meteoro de 2013 na Rússia, que ocorreu sobre a cidade de Chelyabinsk, ajudou a alertar a ameaça de asteroides para a população. A onda de choque criada pela explosão feriu 1.500 pessoas; a maioria foi cortada por estilhaços de vidro após as janelas se despedaçarem.
As autoridades europeias que fizeram novas simulações, as quais ocorreram no final de novembro, aprenderam uma lição do evento de Chelyabinsk, determinando que seria melhor alertar as pessoas a ficarem longe das janelas e permanecerem nas áreas mais seguras dentro de suas casas, como é aconselhado em caso de tornado.
Considerou-se o que fazer se a Terra fosse ameaçada por um objeto entre 12 a 38 metros, viajando a 45.000 km/h. Eles determinaram que a ESA e agências relacionadas teriam que trabalhar rapidamente e coordenar com as autoridades de proteção civil, para dar informações sobre onde e quando o asteroide provavelmente atingiria, e que efeitos seriam previstos.
“Por exemplo, dentro de aproximadamente 3 dias antes do impacto previsto, gostaríamos de ter estimativas relativamente boas da massa, tamanho, composição e local do impacto“, disse Gerhard Drolshagen, da equipe de objetos próximos à Terra da ESA. “Tudo isso diretamente afeta os tipos de efeitos do impacto, quantidade de energia a ser gerada e, assim, ações em potencial que as autoridades civis poderiam tomar.”
Ultimamente, muito se fala a respeito do risco de impacto de asteroides com a Terra. Também aumentou consideravelmente o número de avistamento de bolas de fogo, ou bólidos, nos céus de todo o mundo.
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Fonte: space.com