A vida pode estar se alastrando pelo espaço através de contaminação
Uma nova pesquisa sugere que a vida pode estar se espalhando de planeta em planeta através de objetos espaciais contaminados com o DNA humano, ou outros corpos vivos.
Primeiro, plâncton marinho foi encontrado vivendo no exterior da Estação Espacial Internacional. Agora, os cientistas descobriram que é possível que as amostras de DNA sobrevivam, pelo menos por uma curta viagem ao espaço, no exterior de um foguete.
O novo estudo, que foi publicado no PLOS One, reporta que o DNA espirrado no exterior de um foguete TXUS-49 permaneceu funcional após um voo até o espaço, que durou 13 minutos. O autor líder do estudo, e biólogo molecular da Universidade de Zurique, Cora Thiel, disse que esta descoberta não era esperada e “nos deixa um pouco preocupados“.
“Ficamos totalmente surpresos… Nunca esperávamos recuperar tanto DNA ativo intacto e funcional. Nossa descoberta nos deixa um pouco preocupados sobre a probabilidade de contaminação das naves espaciais, sondas e locais de aterrissagem, com o DNA da Terra.”
Nas espaçonaves que deixam a Terra, milhões de micróbios tentam pegar carona até o espaço. Isto abre a possibilidade de “enviarmos contaminação” para outros corpos planetários, potencialmente colonizando aqueles ambientes.
A pesquisa ocorreu por acaso. Os pesquisadores pretendiam examinar o efeito da gravidade sobre o DNA. O experimento foi colocado dentro da área de carga de um foguete. Porém, durante as preparações para o voo, os pesquisadores decidiram colocar parte do DNA no exterior do foguete também, para testar a robustez de um biomarcador no DNA.
Quando o foguete retornou, os pesquisadores não esperavam encontrar DNA funcional no lado exterior, mas encontraram.
O estudo é somente um pequeno passo em direção à uma melhor compreensão da possibilidade de ‘envio de contaminação’. Os pesquisadores informam que o DNA usado no experimento não foi portador de código genético, como o dos humanos, mas sim do tipo que pode ser encontrado em bactérias.
“Não podemos dizer como estas grandes moléculas de cromossomos reagiriam sob as mesmas condições e isto deverá ser investigado num experimento separado. Em geral, pensamos que a sobrevivência de organismos ou de ‘moléculas da vida’ durante a reentrada requer uma combinação de diferentes fatores favoráveis e protetivos, e pode assim não ser a regra, mas mais uma probabilidade, e raramente o caso. Mas, mesmo assim, a sobrevivência do DNA é possível, como demonstrada no nosso experimento“.
n3m3
Fonte: www.inquisitr.com