Espaço do Leitor: Seria Eta Carinae o Segundo Sol?
Em um dos episódios da nova série Cosmos, foi mencionada a peculiar situação da estrela Eta Carinae. Distante aproximadamente 7.500 anosluz da Terra, a estrela possui aproximadamente 70 vezes mais massa do que o nosso Sol e está condenada a explodir. Quando isso acontecer, o impacto deste evento será tão grande que a estrela não se transformará em uma supernova mas, sim, em uma hipernova.
Em 1843, o brilho dessa estrela tornouse mais potente do que o de Sirius, que está a apenas 8,6 anosluz da Terra. Sua intensidade diminuiu no século seguinte, conforme esperado, mas misteriosamente começou a aumentar. Esse mistério foi resolvido recentemente quando um astrônomo brasileiro descobriu que essa estrela é, na verdade, um sistema duplo.
Mesmo assim, a vida daquele sistema estelar está no fim e uma grande explosão é esperada.
Segundo um post do site Above Top Secret, o Observatório Astronômico de La Plata estava observando a estrela através de comprimentos de ondas visuais e postou, em sua página, no último dia 3 de Julho, após um hiato de quase três anos, uma nota: “Eta está brilhando como nunca antes! O Evento está chegando!!!”, referindose à explosão.
Mas quais seriam as consequências desse fenômeno para nós?
Enquanto Neil DeGrasse Tyson disse, na atração televisionada, que não haveria motivos para nos preocuparmos, o pessoal do ATS é mais alarmista. Segundo eles, pelo menos um artigo publicado sustenta que uma das possíveis consequências da explosão seria a completa destruição de nossa camada de ozônio, o que resultaria num aumento substancial da radiação ultravioleta chegando à superfície da Terra, através de nosso próprio Sol. Outro ponto interessante é que, caso ocorra a explosão, ela seria tão brilhante que poderíamos ver sua luz durante o dia e ler um livro sob sua luz durante a noite.
Seria a explosão de Eta Carinae o famigerado segundo sol muito referenciado em várias profecias?
Pelo menos, há um consolo: se as estrelas explodirem hoje, ainda teremos cerca de 7.500 anos de tranquilidade. O problema é se elas já tiverem explodido há 7.500 anos atrás…
– André F. Machado
Páginas consultadas para esta matéria:
http://www.abovetopsecret.com/forum/thread1022546/pg1
http://etacar.fcaglp.unlp.edu.ar