Brasileiros desenvolvem novo modelo da formação de Marte
Para quem gosta de astronomia, abaixo está um trecho do artigo publicado no site info.abril.com.br:
Os modelos de formação dos planetas rochosos do Sistema Solar desenvolvidos nas últimas duas décadas têm sido bem-sucedidos na explicação da origem de Vênus e da Terra – com tamanho similar – e de Mercúrio, que tem apenas 5% da massa da Terra.
As simulações computacionais de alta resolução, no entanto, ainda não permitiram explicar como Marte se formou nem por que o planeta tem apenas 10% da massa da Terra.
Segundo os pesquisadores, a questão é intrigante, já que os quatro planetas são constituídos pelos mesmos embriões planetários – corpos celestes com dimensões similares aos planetas atuais – que se fundiram ao longo de dezenas de milhões de anos.
Uma equipe internacional de astrônomos – formada por pesquisadores do Brasil, dos Estados Unidos, da Alemanha e da França e liderada pelo Grupo de Dinâmica Orbital & Planetologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus de Guaratinguetá – realizou recentemente uma série de simulações demonstrando que o tamanho de Marte pode estar relacionado à densidade da nebulosa protossolar – a nuvem de gás e poeira que deu origem ao Sistema Solar – na região orbital do planeta.
Resultado do Projeto Temático “Dinâmica orbital de pequenos corpos”, realizado com apoio da FAPESP, o estudo foi descrito em um artigo publicado em fevereiro no The Astrophysical Journal, da American Astronomical Society.
O trabalho foi destacado por John Chambers, pesquisador do Departamento de Magnetismo Terrestre da Carnegie Institution for Science, dos Estados Unidos, em um artigo publicado na edição de maio da revista Science.
“A maioria das simulações de formação dos planetas terrestres do Sistema Solar não consegue gerar um objeto do tamanho e na órbita de Marte, que está a 1,5 unidade astronômica [UA, equivalente a aproximadamente 150 milhões de quilômetros] de distância do Sol”, disse Othon Cabo Winter, pesquisador do Grupo de Dinâmica Orbital & Planetologia e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.
“Esses modelos geram um corpo na órbita de Marte com tamanho equivalente mais ou menos ao da Terra, o que é muito grande”, disse o pesquisador, coautor do artigo ao lado de André Izidoro, que atualmente realiza pós-doutorado no Observatoire de la Côte d’Azur (OLCD) em Nice, na França…
Para ler o restante do artigo, favor acessar o site de origem: http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2014/06/brasileiros-desenvolvem-novo-modelo-da-formacao-de-marte.shtml
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Colaboração: Valdeci Ramos