Pesquisadores irlandeses descobriram um modelo desconhecido do Universo, escrito pelo físico Albert Einstein.
Datando de 1931, por ter sido arquivado de forma errônea, o documento estava ‘perdido’, até que foi descoberto em agosto passado.
Cormac O’Raifeartaigh e Brendan McCann, do Instituto de Tecnologia Waterford, estavam pesquisando através de uma coleção de artigos de Einstein, que foram colocados online na Universidade Hebraica em Jerusalém, disse o Dr. O’Raifeartaigh. Eles estava procurando através dos rascunhos de um artigo em particular e então encontraram algo inesperado.
“Eu estava olhando alguns rascunhos, mas então percebi que era o rascunho de algo muito diferente“, disse o Dr. O’Raifeartaigh. “Quase caí da cadeira. Estava escondido, embora em plena vista. Este manuscrito em particular estava arquivado de forma errado como rascunho de outra coisa“.
O Dr. O’Raifeartaigh entrou em contato com a universidade e eles confirmaram o fato do documento ter sido arquivado de forma errada. O Dr. McCann já estava trabalhando no projeto, mas eles chamaram por reforços, inclusive do Prof. Werner Nahm, do Instituto Dublin para Estudos Avançados, e o Prof. Simon Mitton, da Cambridge.
Eles traduziram o artigo e analisaram seu conteúdo, submetendo então seu relatório ao European Physical Journal (H) . Agora eles tem uma pre-impressão no arquivo online de física, ArXiv.
No artigo, Einstein especulou que a expansão do universo poderia permanecer inalterada e em um “estado parado”, porque nova matéria estava sendo continuamente criada a partir do espaço. Isto é radicalmente diferente de seu modelo anterior conhecido do Universo.
“É o que Einstein estava tentando fazer que surpreenderia a maioria dos historiadores, porque ninguém havia conhecido esta ideia. Mais tarde, ela foi proposta por Fred Hoyle, em 1948, e se tornou controversa na década de 1950…” disse o Dr. O’Raifeartaigh.
O artigo não atraiu nenhuma atenção porque Einstein o abandonou. “Einstein releu o artigo e encontrou um erro, e revisou novamente e sabia que estava errado. Então ele não o publicou.”
Mesmo assim, o artigo é digno de atenção e foi “muito importante para a história e filosofia da ciência“, disse ele.
O artigo também nos mostra o valor e importância de permitir acesso público livre aos arquivos de manuscritos contidos nas bibliotecas e instituições, dado o potencial para estas descobertas.
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Fonte: www.irishtimes.com
