Em artigo publicado no site epoca.globo.com:
A Nasa informou nesta segunda-feira (9) que o robô Curiosity, que está em Marte desde o ano passado, encontrou novos indícios de que o planeta vermelho pode ter abrigado vida há milhões de anos. Segundo o cientista principal da missão Curiosity, John Grotzinger, o robô encontrou uma área “muito parecida com a Terra”.
Segundo os cientistas, essa região era, há cerca 3,7 milhões de anos, um lago raso e de água doce. O local foi batizado de Yellowknife Bay, na cratera Gale, onde o robô pousou. A análise das rochas coletadas mostra que o lago era calmo e provavelmente continha água doce com elementos biológicos tais como carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e enxofre.
Uma bacia aquática com essas características teria as condições necessárias para formas de vida microbiana simples, como os chamados quimiolitoautótrofos. Na Terra, os quimiolitoautótrofos são comumente encontrados em cavernas e em torno dos buracos hidrotermais. Esses micróbios decompõem rochas e minerais para obter sua energia.
Apesar da descoberta, os cientistas preferem agir com cautela. “É importante notar que não encontramos sinais de vida antiga em Marte”, diz Sanjeev Gupta, autor principal do artigo sobre as análises da rocha de Marte. “O que constatamos é que a cratera Gale foi capaz de sustentar um lago em sua superfície pelo menos um tempo em seu passado antigo e que isso pode ter sido propício à vida microbial há milhões de anos”.
…e assim, avançamos mais um milímetro em direção à constatação oficial de que há mesmo vida fora do planeta Terra.
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Colaboração: Osnir Carlos Stremel junior
