A nova equação para estimativa de vida extraterrestre
Quantos planetas habitados existem no universo? Esta é uma questão que fascina os cientistas, bem como os leigos.
Para responder esta questão, uma nova equação poderá ajudar.
Muitos de nós olhamos para as estrelas e imaginamos se realmente existe vida lá fora. Alguns, porém, tentaram escrever uma equação que expresse esta possibilidade em números.
Sara Seager, do Instituto Massachusetts de Tecnologia (MIT), fez justamente isto. Sua equação junta todos os fatores que poderiam determinar quantos planetas com sinais de vida detectável podem ser descobertos nos próximos anos.
Os fatores incluem o número de estrelas que serão observados, a fração dessas estrelas com planetas habitáveis, e a fração desses planetas que podem ser observados. Primeiramente apresentada em uma conferência no início deste anos, a equação está expressada da seguinte forma: N = N*FQFHZFOFLFS.
Como todos já devem saber, esta não é a primeira vez que um astrônomo tenta colocar em números a resposta para essa pergunta. Em 1961, o astrônomo Frank Drake deu uma palestra sobre a procura por vida extraterrestre inteligente. Então, ele escreveu uma lista de fatores necessários para estimar a quantidade de civilizações inteligentes na galáxia. O resultado é conhecido como a Equação de Drake, e esta se tornou muito famosa, talvez a segunda mais famosa após a equação E=mc2.
Os fatores de Drake foram:
- O número de estrelas que se formam anualmente na galáxia.
- A fração dessas estrelas que formam planetas.
- A fração desses planetas que poderiam suportar a vida.
- A fração de planetas que suportam a vida, que tenham dado origem à vida.
- A fração desses planetas que desenvolveram formas de vida inteligente.
- A fração dessas formas de vida inteligente que desenvolveram tecnologia.
- A média de vida de uma espécie que se comunica; em outras palavras, quanto tempo uma civilização irá utilizar a tecnologia de rádio, deixando sinais escaparem ao espaço, para que possamos ouví-los.
Infelizmente, o único fator conhecido é o primeiro. Astrônomos deduziram que a galáxia produz aproximadamente sete novas estrelas por ano. Eles estão agora trabalhando para estimar o segundo item da equação; o número de estrelas que formam planetas. O restante ainda é adivinhação.
A nova equação de Seager não presume que os extraterrestres sejam inteligentes e que estejam usando tecnologia de rádio. Ao invés disso, ela simplesmente trabalha com a ideia de que qualquer tipo de vida extraterrestre pode estar presente em abundância suficiente para alterar a composição química da atmosfera de seu planeta.
Na Terra, por exemplo, nossa atmosfera tem sido forçada a conter uma composição química especifica, através da combinação de metabolismos de todas as coisas vivas. Ela é tão distinta quanto uma impressão digital. Assim, através da análise da atmosfera de outro planeta, poderemos ser capazes de detectar a presença de vida, mesmo se ela for somente musgo de pântano.
Mesmo assim, a nova equação de Seager sofre muito com os mesmas desvantagens da equação original de Drake: não temos ideia de quais valores dar à maioria dos fatores.
Embora as equações de Seager e a de Drake sejam úteis para organizarmos nossos pensamentos sobre os desafios da procura por vida extraterrestre, seus fatores ainda são constritos, não nos permitindo encontrar um valor quantitativo sólido.
De acordo com o que foi publicado no site The Guardian, a única forma de sabermos se realmente existe vida em outros mundos é a de projetarmos e construirmos missões para esta procura. E Seager está na frente desses esforços também. Seu telescópio ‘caçador de planetas’, TESS, será lançado pela NASA por volta de 2017 e ele poderá localizar centenas de planetas do tamanho da Terra.
E para aqueles de nós que estudam seriamente o fenômeno dos OVNIs, não se faz necessária a confirmação científica de vida extraterrestre através do investimento de bilhões de dólares em novos telescópios. Basta simplesmente que seja feita uma investigação séria e aberta de alguns fenômenos que tem ocorrido em nosso planeta, sem zombarias e sem medo de ser taxado como lunático pela comunidade científica.
n3m3
Fonte: www.theguardian.com