O telescópio Planck encontra indicações de “outros universos”
Nosso universo pode não estar sozinho, mas sim rodeado de uma infinidade de outros universos, formando um enorme multiverso, foi a conclusão dos cientistas que estudam as imagens obtidas pelo sofisticado telescópio Planck.
O mapa elaborado com a informação do Planck, que é o mais preciso já obtido, mostra a radiação produzida por uma Grande Explosão (o famoso Big Bang), no momento em que acredita-se o universo nasceu. Vestígios desta radiação têm permanecido até hoje, 13,8 bilhões de anos mais tarde, na forma do que é chamado de ‘radiação cósmica de microondas’. Ao estudarem o mapa, os cientistas descobriram duas anomalias: uma grande concentração de radiação no hemisfério sul e um ponto frio.
Estes dois fenômenos foram causados pela gravitação de “outros universos que ‘subtraem do nosso’ e são as primeiras provas de sua existência“, afirmou Laura Mersini-Houghton, especialista em física teórica da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill.
Mersini-Houghton e While George Efstathiou, da Universidade de Carnagie Mellon, foram os primeiros a publicar em 2005 a teoria dos universos múltiplos.
“A precisão do Planck é altíssima e nos permite ver fenômenos tão peculiares” que somente podem explicados com “uma nova física“, segundo a Agencia Espacial Européia (ESA), que lançou o telescópio.
A idéia do multiverso “pode parecer uma loucura agora, exatamente como parecia loucura a teria do Big Bang há três gerações. Mas logo obtivemos provas e mudamos completamente nossa visão do universo e nossa forma de pensar sobre ele“, disse o astrofísico While George Efstathiou, citado pelo jornal “The Sunday Times”.
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Fonte: actualidad.rt.com