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Dez das muitas possíveis evidências de que há vida lá fora – Parte 2

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Tempo de leitura: 4 min.
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Dando continuidade ao nosso artigo de ontem, aqui estão as outras cinco evidências de que há vida lá fora em nosso universo:

15221889-3d-rendering-of-a-group-of-extraterrestrial-life-forms6. Cientistas russos argumentam que uma espécie misteriosa de micróbios resistentes à radiação possam ter se desenvolvido em Marte:

Em 2002, astrobiólogos russos alegaram que um super resistente Deinococcus radiourans tenham se desenvolvido em Marte.  Esse micróbio pode sobreviver sob um nível de radiação milhares de vezes maior daquele que mataria um humano.

Os russos irradiaram a população de bactérias com uma radiação suficiente para matar 99,9% delas, permitindo que os sobreviventes reproduzissem novamente, antes de repetir o ciclo.  Após 44 vezes, foi necessário uma dose 50 vezes maior do que a original para eliminá-las.  Eles calcularam que necessitaria milhares desses ciclos para tornar um micróbio E. coli tão resistente quanto o Deinococcus.  E na Terra levaria entre um milhão a 100 milhões de anos para ocorrer cada dose de radiação.  Assim, não haveria tempo suficiente dentro dos 3,8 bilhões de anos da história do nosso planeta para essa resistência se desenvolver.

Por outro lado, a superfície de Marte, que é desprotegida, sem um densa atmosfera, é bombardeada com tanta radiação que os micróbios poderiam receber a mesma dose em somente algumas centenas de milhares de anos.  Os pesquisadores argumentam que os ancestrais do Deinococcus foram ejetados de Marte por um asteróide, e vieram à Terra pegando carona com meteoritos.  Outros peritos permanecem céticos.

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7. Indicações químicas de vida foram encontradas em dados antigos de sondas enviadas ao planeta Vênus:

Vida nas nuvens de Vênus pode ser a melhor explicação para algumas anomalias curiosas na composição da atmosfera daquele planeta, alegaram astrobiólogos da Universidade do Texas em 2002.  Eles estudaram os dados enviados pelas sondas Pioneer e Magellan da NASA e das missões Venera da Rússia, da década de 1970.

A radiação solar e os relâmpagos poderia estar gerando massas de monóxido de carbono em Vênus, embora algo esteja removendo-o. Sulfeto de hidrogênio e dióxido de enxofre estão lá presentes também.  Estes compostos reagem juntos e geralmente coexistem, ao menos que algum processo constantemente esteja os consumindo.  Mais misterioso ainda é a presença de sulfeto de carbonila.  Isto é somente produzido por micróbios ou catalisadores na Terra, e não por qualquer outro processo inorgânico.

Os pesquisadores sugeriram que a solução deste enigma seria que micróbios vivem na atmosfera venusiana.  A superfície extremamente quente de Vênus pode ser proibitiva para a vida, mas as condições a 50 quilômetros de altitude na atmosfera são mais hospitaleiras e úmidas, com temperaturas de 70ºC e pressão atmosférica similar à da Terra.

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8. Traços de enxofre em Europa, uma das luas de Júpiter, pode ser o resultado de colônias de bactérias no subsolo:

Em 2003, cientistas italianos surgiram com a hipótese de que traços de enxofre na lua Europa poderiam ser um sinal de vida alienígena.  Os compostos foram primeiramente detectados pela sonda Galileo, junto com evidências de um oceano abaixo da crosta gelada, que é aquecido vulcanicamente.

As assinaturas de enxofre parecem similares aos produtos produzidos pelos desperdícios das bactérias, que ficam presos no gelo das superfícies de lagos na Antártica aqui na Terra.  As bactérias sobrevivem na água abaixo, e bactérias similares podem também estar vivendo abaixo da superfície de Europa, sugere a pesquisa.  Outros peritos rejeitaram a idéia, sugerindo que o enxofre é originário da lua vizinha, Io, onde ele é encontrado com abundância.

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9. Metano na atmosfera de Marte indica a possibilidade de metabolismos microbianos:

Em 2004, três grupos, usando telescópios na Terra e na sonda espacial Mars Express, da Agência Espacial Européia – ESA, independentemente encontraram evidências de metano da atmosfera de Marte.  Quase todo o metano em nossa própria atmosfera é produzido por bactérias, ou outras formas de vida.

O metano poderia estar sendo gerado por vulcanismo, pelo derretimento de depósitos congelados no subsolo, ou colocado em Marte pelo impacto de cometas.  Porém, a fonte deve ser recente, pois o gás é rapidamente destruído em Marte, ou escapa para o espaço.

Em janeiro de 2005, em meio a controversas, os cientistas da ESA anunciaram ter também encontrado evidências de formaldeído, o qual é produzido pela oxidação de metano.  Se isso for provado, o fato irá reforçar a tese da produção de metano por micróbios, pois a enorme quantidade de 2,5 milhões de toneladas de metano por ano deveria existir para criar a quantidade de formaldeído que se postula existir.

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10. Um misterioso sinal de rádio é recebido pelo SETI em três ocasiões, da mesma região do espaço:

Em fevereiro de 2003, astrônomos do projeto SETI (Procura por Inteligência Extraterrestre), usaram um enorme rádio telescópio em Porto Rico para reexaminar 200 seções do céu que anteriormente haviam produzido sinais de rádio inexplicáveis.  Estes sinais tinham todos desaparecido, exceto por um, o qual ficou mais forte.

Esse sinal, amplamente considerado como o melhor candidato até então para o contato alienígena, veio de uma área entre as constelações de Peixes e Áries, onde não há sinais óbvios de estrelas e tampouco planetas.  Curiosamente, o sinal está dentro de uma das frequências de hidrogênio, o elemento mais comum, que absorve e emite energia.  Alguns astrônomos acreditam que esta seja a frequência na qual alienígenas usam para suas transmissões.

Todavia, também há a chance de que o sinal seja proveniente de uma fonte natural ainda não descoberta.  Por exemplo, um sinal de pulso rádio inexplicável que se pensava ser artificial em 1967, era na verdade gerado por um pulsar.

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Para aqueles que conseguem entender o quão vasto é o nosso universo e a quantidade de estrelas existentes nas visíveis bilhões de galáxias nele contidas, com cada um desses ‘sóis’ agregando planetas em suas órbitas, não há como negar, com ou sem evidências, de que não estamos sós no universo.

A única impossibilidade aqui é a de estarmos sós nesta vastidão.

n3m3

Para ler a primeira parte do artigo, clique aqui.

Fonte das informações: www.newscientist.com

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