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Quando é que a vida inteligente surgiu no universo?

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Nebula NGC 7293, ou Caldwell 63:  Camadas gasosas externas expelidas por uma estrela ao morrer. O material ejetado enriquece o meio interestelar, dos quais novas estrelas e planetas são formados com carbono. (Credito: NASA, ESA, C. R. O’Dell [Vanderbilt University], M. Meixner and P. McCullough [STScI].)
O artigo acima foi publicado por Mario Livio, Astrofisico do Instituto de Ciência de Telescópio Espacial, o qual conduz o programa científico do Telescópio Espacial Hubble.

Através da radiometria sabemos que a Terra tem aproximadamente 4,54 bilhões de anos.  Apesar de haver algum debate a respeito da data da primeira evidência de vida na Terra, a maioria dos cientistas estima que ela iniciou entre 3,65 e 3,85 bilhões anos atrás.  Porém, sabe-se que o universo é muito mais velho: aproximadamente 13,77 bilhões de anos.  Esta conclusão foi tirada principalmente de uma combinação de dados da Sonda Wilkinson Microwave Anisotropy, junto com uma determinação da taxa de expansão cósmica, obtida pelo Telescópio Espacial Hubble.

A questão de quando a vida surgiu no universo se torna particularmente intrigante quando percebemos que os astrônomos agora estimam que a nossa galáxia, a Via Láctea, pode abrigar 4,5 bilhões de planetas do tamanho da Terra em “zonas habitáveis” ao redor de suas estrelas. (A zona habitável é a banda ao redor de uma estrela que permite a existência de água no estado líquido na superfície de um planeta que lá orbite.)

A primeira coisa a notar é que não seria tão absurdo presumir que a primeira geração de vida tenha sido baseada em carbono.  A suposição da vida ser baseada em carbono é plausível porque não conhecemos nenhum outro átomo capaz de criar moléculas complexas e estáveis, as quais parecem ser necessárias para a vida.  Devido ao fato que a matéria ordinária é composta dos mesmos átomos por todo o cosmos, o carbono parece ser o átomo a ser utilizado quando a complexidade é desejada.  Porém, o carbono nem sempre existiu no universo.  Núcleos de carbono foram criados nos interiores de estrelas, através da fusão de três núcleos de hélio.  A maior parte do carbono no universo foi gerado nos ‘fornos nucleares’ de estrelas com massa intermediária, as quais subsequentemente ejetaram suas camadas externas nos estágios finais de sua evolução, como pode ser visto na foto acima.

As observações feitas por telescópios na Terra e pelo Hubble no espaço, têm mostrado que a taxa de nascimento de novas estrelas alcançou seu pico há aproximadamente 9 a 10 bilhões de anos, e tem diminuído deste então.  O pico da taxa de produção de carbono em todo o universo ficou atrás da taxa de formação de estrelas há não mais de aproximadamente 1 bilhão de anos.  Consequentemente, podemos presumir que se o universo realmente teve uma explosão de formação de vida, similar talvez à explosão Cambriana da Terra, isso pode ter ocorrido há 9 bilhões de anos, no mais tardar.

Demorou aproximadamente 3 bilhões de anos para a Terra evoluir de vida primitiva à complexa.  Não sabemos se esta é uma situação típica, mas parecer razoável presumir que se a vida inteligente se desenvolve, este processo pode levar uns poucos bilhões de anos, considerando a lentidão da evolução proposta por Darwin.  Isto significa que poderíamos esperar que formas de vida inteligente emergiram com abundância no universo entre 5 a 6 bilhões de anos atrás.  Se isto for verdade, então podem existir muitas civilizações lá fora que são mais avançadas do que nós por bilhões de anos.

Pense bem antes de se achar o centro do universo!

n3m3

Fonte: www.huffingtonpost.com

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