Pesquisa sugere que outros sistemas solares podem ser mais habitáveis do que o nosso
Por toda a nossa galáxia, a Via Lácta, há estrelas que se parecem com o nosso Sol, e um novo estudo está descobrindo que quaisquer planetas que orbitem aquelas estrelas podem muito bem ser muito mais quentes e mais dinâmicos do que a Terra. Isto se dá ao fato de que os interiores de quaisquer planetas terrestres nestes sistemas solares podem ser até 25% mais quentes do que o nosso planeta, o que os faria mais ativos geologicamente e mais prováveis de reter uma quantidade de água no estado líquido suficiente para suportar a vida, pelo menos na forma microbiana.
As descobertas preliminares foram feitas por geólogos e astrônomos da Universidade de Ohio, que se uniram para procurar vida alienígena de uma nova maneira. Eles estudaram oito estrelas similares ao nosso Sol em idade, tamanho e composição geral, para mensurar as quantidades de elementos radioativos que elas continham. Foram procurados nessas estrelas elementos como o tório e o urânio, os quais são essenciais para os movimentos das placas tectônicas na Terra, porque eles esquentam o interior do nosso planeta. Estes movimentos tectônicos ajudam a manter a água na superfície da Terra, assim a sua ocorrência pode ser um indicador da hospitalidade de um planeta à vida.
Das oito estrelas similares ao nosso Sol que eles estudaram até agora, sete parecem conter muito mais tório do que o nosso Sol, o que sugere que quaisquer planetas que orbitem essas estrelas também possam conter mais tório. Por sua vez isto significa que os interiores desses planetas sejam provavelmente mais quentes do que o nosso.
De acordo com estas mensurações, planetas terrestres que se formaram ao redor de estrelas como essas, provavelmente geram 25% mais calor interno do que a Terra, permitindo a movimentação de placas tectônicas por mais tempo através da história do planeta, dando assim mais tempo para a vida se desenvolver.
Na Terra, a maioria do calor proveniente da decomposição radioativa vem do urânio. Planetas ricos de tório, que é mais energético do que o urânio e possui uma meia-vida mais longa, seriam mais quentes e permaneceriam assim por mais tempo, dando uma chance maior à vida.
n3m3
Fonte: researchnews.osu.edu