NASA apresenta planos para a primeira viagem do jipe-sonda Curiosity em Marte
A NASA revelou seus planos para a primeira viagem do jipe-sonda Curiosity sobre a superfície de Marte, que será parte da missão de dois anos para determinar se o planeta já abrigou vida microbiana.
O laboratório robótico de uma tonelada, movido por energia nuclear, pousou em uma grande cratera no equador de Marte, no dia 6 de agosto, à procura de material orgânico e outros químicos considerados chave para a existência da vida.
O alvo principal do Curiosity é o Monte Sharp, constituído de rochas empilhadas, que se eleva a 5 quilômetros da base da Cratera Gale.
Antes de iniciar sua jornada de 7 quilômetros até a base do monte, uma jornada que espera-se durar meses, o Curiosity visitará um local relativamente próximo, chamado de “Glenelg”, o qual captou o interesse dos cientistas, por ter três tipos de terreno.
O nome foi selecionado de uma lista de aproximadamente 100 formações rochosas do norte do Canadá. Os cientistas perceberam que ‘Glenelg’ era um palíndromo (uma palavra ou frase que é idêntica quando lida tanto da esquerda para a direita, quanto ao contrário), e particularmente apropriado para ser o primeiro destino, já que o jipe terá que voltar pelo local para alcançar o Monte Sharp.
A viagem até Glenelg dependerá em parte de como o Curiosity irá passar pelo resto da checagem de seus instrumentos. No início da semana que vem, o jipe irá testar seu poderoso laser, que será usado para pulverizar a rocha que foi exposta pelos foguetes utilizados para sua descida.
Um pequeno telescópio, analisará então o material vaporizado, para determinar seu conteúdo mineral. Este instrumento é capaz de observar a vaporização da rocha a uma distância de aproximadamente 7 metros, e então dividir a luz em seus comprimentos de onda componentes.
A jornada do jipe até Glenelg, que está a 500 metros de distância, deverá levar um mês, ou mais, dependendo de quantas paradas os cientistas decidirão fazer ao longo do caminho.
“Provavelmente levaremos um mês para análise científica lá, talvez um pouco mais,” disse John Grotzinger, cientísta chefe da missão. “Em algum momento no final do ano calendário, aproximadamente, eu acho que voltaremos nossas miras em direção à viagem até o Monte Sharp“.
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Fonte: www.irishtimes.com