Sinais de oceano são encontrados em lua de Saturno
Por intermédio de medições do campo gravitacional de Titã, uma das luas de Saturno, encontrous-se sinais da existência de um oceano de água sob sua superfície. Pesquisadores já vêm sugerindo a existência disto há vários anos.
As medições foram feitas pela sonda Cassini, a qual já vem recolhendo dados sobre Saturno e suas luas desde 2004, quando entrou em órbita daquele planeta.
Os novos dados foram analisados por Luciano Iess, da Universidade La Sapienza, na Itália, o qual descobriu que eles revelam o interior de Titã como muito flexível. Titã deforma-se de tal forma que só poderia ocorrer com um enorme corpo liquefeito mexendo-se no seu interior.
As oscilações foram maré muito fortes foram detectadas conforme a lua orbitava em torno de Saturno.
Se Titã fosse composta inteiramente de rocha sólida, a atração gravitacional de Saturno poderia causar protuberâncias, ou “marés sólidas”, de não mais do que 1 metro de altura. Contudo, os dados mostram que Saturno cria marés sólidas de aproximadamente 10 metros de altura, assim sugerindo que Titã não seja inteiramente formada por material rochoso sólido.
Mas os cientistas alertam que a presença de uma camada subsuperficial de água líquida em Titã não é um indicador para a vida. Eles acreditam ser mais provável que a vida surja quando água líquida entra em contato com rochas, e essas novas medições não permitem concluir se o fundo do oceano de subsuperfície é feito de rocha ou de gelo.
“A presença de uma camada de água líquida em Titã é importante porque queremos compreender como o metano é armazenado no interior de Titã, e como ele pode vazar até a superfície,” disse Jonathan Lunine, da Universidade de Cornell.
“Isso é importante porque tudo o que é único sobre Titã deriva da presença de metano em abundância, mas o metano na atmosfera é instável e destruído em escalas de tempo geologicamente muito curtas,” continuou Lunine.
Um oceano de água líquida, “salgado” e com amônia, poderia produzir líquidos que borbulham através da crosta, liberando metano do gelo e reabastecendo o metano que se degrada na atmosfera.
Assim, o eventual oceano de subsuperfície funcionaria também como um reservatório profundo de metano.
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Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br
Colaboração: Osnir Carlos Stremel Júnior