NASA poderá usar foguete de plasma para chegar a Marte em 39 dias
De acordo com o site PhysOrg.com, em outubro passado a Companhia Ad Astra Rocket testou o foguete de plasma mais poderoso do mundo atualmente. A empresa de Webster, Texas, EUA, anunciou que o motor VASIMR VX-200 funcionou a 201 kilowatts em uma câmera de vácuo, passando a marca de 200 kilowatts pela primeira vez. O teste também marca a primeira vez que um protótipo de pequena escala do foguete VASIMR (Variable Specific Impulse Magnetoplasm Rocket – Foguete Magnetoplasmático de Impulso Específico Variável ) foi demonstrado em sua força total.
Atualmente a manutenção da órbita da Estação Espacial é feita por foguetes convencionais, que consomem aproximadamente 7,5 toneladas de propelente por ano. Ao cortar a quantidade de propelente para 0,3 toneladas, Chang-Diaz estima que o VASIMR poderá economizar milhões de dólares para a NASA anualmente.
Mas a Ad Astra tem maiores planos para o VASIMR, como missões de alta velocidade até Marte. Um foguete VASIMR de 10 a 20 megwatts poderia impulsionar missões com tripulantes humanos até Marte em apenas 39 dias. Um foguete convencional levaria seis meses, ou mais. Quanto mais curta a viagem, menos tempo os astronautas passariam expostos á radiação do espaço, o que é um obstáculo enorme para possíveis missões até Marte. O VASIMR poderia também ser adaptado para ser usado nas missões robóticas de cargas pesadas, porém à velocidades menores.
Chang-Diaz esteve trabalhando no desenvolvimento do conceito VASIMR desde 1979, antes de fundar a Ad Astra em 2005. A tecnologia usa ondas de rádio para aquecer gases, tais como hidrogênio, argônio e neônio, criando um plasma quente. Campos magnéticos forçam o plasma carregado pela parte traseira do foguete, produzindo o empuxo na direção oposta. Devido às altas velocidades que esta metodologia alcança, se faz necessário menos combustível do que foguetes convencionais. Além disso, o VASIMR não tem nenhum eletrodo físico em contato com o plasma, assim prolongando a vida útil do foguete e permitindo uma maior densidade de força do que em outros conceitos.
Fonte: www.physorg.com
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Editorial: Este novo foguete certamente será um grande avanço que contribuirá muito na exploração espacial, e até mesmo na procura de vida extraterrestre, seja ela inteligente, ou não. Contudo, desde o final da guerra fria, o desenvolvimento tecnológico para a exploração espacial ficou relativamente estagnado, pois não há mais motivos para a Rússia e os Estados Unidos provarem um ao outro quem “pode mais”. Mesmo durante a guerra fria, se estes governos tivessem mantido o foco na exploração espacial, e não investido pesadamente em guerras e na construção de armamentos e ogivas nucleares, que coletivamente são capazes de destruir a centenas planetas do tamanho da Terra, hoje a raça humana já poderia estar colonizando outros corpos celestes.
Esta colonização espacial é essencial para a sobrevivência humana a longo prazo, pois nossa morada original está ficando muito pequena e depredada.
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