NASA enviará sonda até a superfície de Europa, uma das luas de Júpiter
A olho nu, a Europa, uma das luas de Júpiter, pode parecer uma grande bola de pedra e gelo. Mas para a NASA, essa lua representa muito mais. Poderia conter o que os cientistas têm buscado há muito tempo – formas de vida que existem fora do nosso planeta natal. Através da missão Europa, a NASA planeja enviar uma sonda para a lua de Júpiter, a qual acredita-se ter um vasto oceano abaixo da crosta congelada. E onde há água, a vida quase certamente seguirá.
O projeto deve ser iniciado em 2024 ou 2025, quando a sonda começaria a procurar formas de vida na superfície da lua. Se os organismos forem encontrados, os planos se desenvolveriam para que uma sonda mais sofisticada seja enviada para a Europa em busca de seu oceano sob o gelo. O Dr. Kevin Hand, um dos principais funcionários da NASA com a missão Europa, explica o investimento do programa para esses avanços:
Pela primeira vez na história humana, podemos realmente construir missões e projetar os instrumentos que poderiam sair e responder à essa questão fundamental de se a biologia funciona ou não além da Terra. Se nos comprometemos a realizar essas missões, poderemos encontrar a vida no quintal do próprio sistema solar nos próximos 20 anos. Tecnologicamente, é inteiramente possível, mas requer apoio público, entusiasmo a respeito disso, então nós buscamos vocês para ajudarem a comunicar e divulgar a palavra.
Possível contaminação
A fim de evitar que as bactérias peguem carona até a lua Europa, a sonda será equipada com um dispositivo especial para proteger de qualquer contaminante. As bactérias afetariam os resultados dos testes e poderiam até prejudicar as formas de vida indígenas se elas forem encontradas. Como diz o Dr. John Rummel do Instituto Seti na Califórnia, devemos “proteger Europa para os europanos … não os europeus”.
As bactérias poderiam sobreviver à viagem até Europa, apenas se fossem protegidas da radiação ultravioleta do Sol. Uma vez que elas alcançam a lua gelada, a maioria morreria dentro de alguns dias. Mas se estivessem protegidos na nave espacial, elas teriam uma chance maior de sobreviver. O contrário também é uma preocupação, uma vez que a vida extraterrestre pode ser trazida de volta à Terra, contaminando ainda mais o processo.
Mas o Dr. Rummel está confiante de que nada disso acontecerá e que os cientistas poderão conter amostras até que o teste perigoso seja iniciado. Com as precauções necessárias tomadas, poderemos recuperar quantidades maciças de dados que nos levarão um passo gigante mais perto de entender onde a vida existe em nosso vasto universo.
Uma missão empolgante. Contudo, há muita margem para que, se encontrarem micro-organismos, os “professores da impossibilidade” de plantão dirão que a sonda saiu contaminada a Terra. É sempre assim.
n3m3