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Matéria orgânica é descoberta em Ceres, sugerindo que vida possa existir nesse planeta anão

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Tempo de leitura: 2 min.

Lembra do planetóide Ceres, com suas misteriosas crateras luminosas?  Pois agora a missão Dawn da NASA detectou matéria orgânica na superfície daquele planeta anão, reforçando a perspectiva da existência de vida no maior corpo celeste do cinturão de asteroides:

Os cientistas que estão procurando por vida além da Terra têm um novo alvo relativamente próximo de casa.

O planeta anão Ceres, que orbita o Cinturão de Asteroides Principal entre Marte e Júpiter, possui matéria orgânica em sua superfície, mostra um trabalho publicado na edição desta semana do Science.

A descoberta, feita pela sonda orbital Dawn da NASA, vem após descobertas anteriores de que Ceres, que tem 950 km de diâmetro, pode ter um oceano abaixo de sua superfície gelada.

Ceres - matéria orgânica

O cientista planetário Michael Kuppers, do Centro Europeu de Astronomia Espacial em Madrid, disse para o site Seeker:

Há especulações sobre um oceano abaixo da superfície de Ceres, similar ao de Europa e Encélado. Eu acho que Ceres é um ótimo alvo para procurar por vida fora da Terra. Além da distância, o ambiente de radiação é mais benigno do que, por exemplo, Europa.

Europa, uma lua de Júpiter, e Encélado, de Saturno, são alvos primários na procura por vida além da Terra.

O cientista líder do Projeto Dawn, Christopher Russell, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, disse que a descoberta significa que Ceres deveria ser mais explorado, mas avisou que estas moléculas orgânicas estão “longe de serem vida microbiana”.

Russell escreveu num e-mail para o Seeker:

Ceres deve ser relativamente fácil de pousar e têm um ambiente benigno quando comparado com corpos celestes mais longe no sistema solar. Deveríamos levar um pequeno laboratório químico até Ceres e analisar seu solo o exosfera.

Os dados coletados pelo espectrômetro de imageamento perto de infravermelho mostrou que o material orgânico que se compara com compostos similares ao piche, tal como asfaltita, levou a pesquisadora Maria Cristina De Sanctis, do Instituto Nacional para Astrofísica em Roma, Itália, e seus colegas, escreverem o trabalho publicado no Science.

Uma análise seguinte mostrou que os orgânicos são nativos de Ceres, e mais provavelmente formados por atividades hidrotérmicas abaixo da superfície.

O periódico Science escreveu num resumo da pesquisa:

Estes compostos são improváveis de terem vindo de uma fonte exterior num impacto… porque o extremo calor do impacto teria destruído estes tipos de compostos.

A localização dos compostos orgânicos também lançam uma dúvida se eles vieram via impacto de cometa ou asteroide. Os cientistas descobriram os compostos em dois locais de Ceres, inclusive na borda de uma cratera.

Russell disse:

A explicação mais simples é a de que eles foram produzidos dentro de Ceres.

Olhando por um panorama mais amplo, a descoberta de matéria orgânica em Ceres, que orbita a quase três vezes a distância entre o Sol e a Terra, mostra que os blocos de construção da vida estavam presente desde o começo de nosso sistema solar há 4,6 bilhões de anos.

Russell ainda disse:

Se considerarmos Ceres como um típico planetésimo formado há aproximadamente 3 milhões de anos após o dia um do sistema solar, a descoberta indica que o material inicial no sistema solar continha os elementos essenciais… para vida.

Ceres pode ter sido capaz de levar esse processo somente até um determinado ponto.  Talvez os corpos entre a Terra e Ceres em complexidade, tais como Europa e Marte, serão capazes de preencher a lacuna de nossa compreensão sobre o começo da vida.

n3m3

Fonte

Colaboração: Osnir Stremel Jr.

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