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Maioria dos átomos que compõem os humanos foi produzida em estrelas

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Tempo de leitura: 2 min.

Em artigo publicado esta semana na Folha de São Paulo:

Mãos e galáxiasEm 1929, o astrônomo Harlow Shapley, da Universidade Harvard, afirmou: “Nós, seres orgânicos que nos descrevemos como humanos, somos feitos da mesma matéria que as estrelas”.
Foi uma observação surpreendente, considerando que, na época, ninguém nem sequer sabia o que fazia as estrelas brilharem.

Trinta anos ainda se passariam até Geoffrey e Margaret Burbidge, William Fowler e Fred Hoyle, em artigo que se tornaria clássico, demonstrarem que os átomos que nos compõem não apenas são os mesmos que os das estrelas: a maioria deles foi, na verdade, produzida em estrelas. Começando pelos primordiais hidrogênio e hélio, elementos mais densos como ferro, oxigênio, carbono e nitrogênio foram gerados numa série de reações termonucleares e então espalhados pelo espaço quando essas estrelas morreram e explodiram como supernovas, num frenesi termonuclear final.

Notícias divulgadas recentemente me lembraram disso. Uma delas envolvia escaravelhos, que, aparentemente, orientam-se pela luz da Via Láctea.

A outra foi o anúncio de que astrônomos identificaram a origem da existência do ouro no Universo em um cataclismo conhecido como explosão de raios gama.

Edo Berger, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, no Massachusetts, disse que a explosão pode ter criado uma quantidade de ouro equivalente à massa de 20 Luas da Terra.

As próprias estrelas de nêutrons são frutos de cataclismos: explosões de supernovas que podem espremer o espaço para fora de átomos e comprimir uma massa maior que o Sol numa bola de 32 quilômetros de diâmetro.

Berger sugeriu que, de fato, é possível que todo o ouro do universo tenha sido produzido por colisões entre estrelas de nêutrons.
Isso nos traz de volta ao escaravelho, o humilde rola-bosta.

Esses seres, que vivem das fezes de animais maiores, têm um problema. A partir do momento em que um escaravelho encontrou esterco e rolou um pouco para formar uma bola, ele precisa tirar a bola do local, rolando-a em linha reta para longe da pilha de esterco, senão outros escaravelhos virão roubá-la.

Como os besouros fazem isso, mesmo em noites sem luar, têm sido um mistério.

Em janeiro, uma equipe de pesquisadores suecos e sul-africanos revelou que os escaravelhos coprófagos africanos podem usar a Via Láctea para se orientar.

Os pesquisadores descobriram que, quando eram colocados pequenos “chapéus” nos escaravelhos, impedindo-os de enxergar o céu, ou quando nuvens ocultavam as estrelas, os escaravelhos andavam a esmo.

Mas eles não se desviam do caminho em noites estreladas.

Seria difícil imaginar uma conexão entre o microscópico e o macroscópico e entre o espaço interno e o sideral mais bela que essa ou que tão bem induz um sentimento de humildade.

Os antigos egípcios consideravam os escaravelhos sagrados por sua capacidade de gerar vida a partir de dejetos.

O escaravelho era símbolo da renovação eterna e da vida que nasce da morte.

Os egípcios usavam representações de escaravelhos como amuletos.

Em um dos símbolos máximos de reciclagem, alguns desses amuletos eram feitos de ouro.

Fonte: www1.folha.uol.com.br

Colaboração: Mutley

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