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A Espiral do Silêncio na Ufologia – Parte II (Espaço do Leitor)

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Tempo de leitura: 5 min.

Abaixo, a parte II da Espiral do Silêncio, do leitor FACEPALM.  Para quem perdeu a primeira parte, acesse no seguinte link: A Espiral do Silêncio na Ufologia – Parte I.

 

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Agora que você entendeu o que é a espiral do silêncio, coloquemos em pauta o principal questionamento: como superar a espiral do silêncio na ufologia?

Esta pergunta não é nada fácil de responder. Na verdade, não visualizo soluções a curto ou médio prazo e sendo a ufologia tão polêmica, torna-se uma missão quase impossível, pois poucos estão dispostos à aceita-la e difundi-la.

É bom frisar que esta pergunta abrange desde os grandes eventos ufológicos, até mais os pontuais, aqueles que, talvez, tenha acontecido com você, um parente próximo ou conhecido. As dificuldades são diferentes, mas igualmente desafiadoras:

  • Quando é um fato isolado, as pessoas preferem se manter caladas a enfrentar a sociedade. Pessoas perdem o respeito, famílias se isolam, pilotos perdem o emprego.
  • Quando o assunto abrange um grupo ou mesmo uma cidade, logo a mídia da contrainformação tenta banalizar o evento ou, simplesmente, o tema não é mais exposto. Nestas horas, você se pergunta onde está a reportagem investigativa quando se precisa dela? Pode até ser que uma investigação se inicie, mas de onde tirarão informações oficiais? Ora, do governo, dos militares, dos climatologistas “renomados”, …

Perceba, ainda, que a inércia (no caso, a ausência de alguma ação ou resposta oficial) muitas vezes já é suficiente para calar os “opositores da verdade”. As pessoas, quando se interessam pelo assunto (um passo enorme para adquirir maior embasamento teórico e, portanto, escapar da espiral) simplesmente pensam: “ora, se aquele evento era aparentemente tão importante e não se deu continuidade nas investigações (pois não vejo mais nada a respeito na mídia) deve ser porque já comprovaram que isto é uma farsa e eu apenas não li a respeito”. Nada como o tempo para acalmar mentes inquietas!

Mas tentando responder à pergunta inicial, recordemos que, considerando a espiral do silêncio, mudanças sociais somente ocorreriam quando houvesse um sentimento já dominante, o que passa invariavelmente pela imprensa.

Conforme Noelle-Neumann, cientista alemã que batizou o termo, a Espiral do Silêncio trabalha com três mecanismos que condicionam seu funcionamento:

  • acumulação, devido ao excesso de exposição pela mídia de determinado assunto,
  • consonância, relacionada à forma como as notícias são produzidas e veiculadas, e
  • ubiquidade, a qual está para a presença da mídia em todos os lugares. Juntos, esses mecanismos determinam a forte influência da imprensa sobre o público e seu papel determinante na formulação da percepção da realidade nesse público.

No caso da ufologia, os três mecanismos da espiral do silêncio para um desacobertamento são:

  • acumulação: nunca há exposição sobre eventos ufológicos, quanto mais em excesso. Quando fenômenos anômalos ocorrem, o máximo que a mídia faz é citar o evento e dizer que as autoridades estão investigando o caso (mas nunca dizem qual o resultado das investigações posteriormente).
    Casos mais impactantes, como o do ET de varginha, possuem exposição ainda maior, porém a exposição diminui rapidamente em detrimento de outros eventos mais atrativos para a massa (por exemplo, “caso” do goleiro Bruno, lançamento de nova música de algum cantor pop). As explicações oficiais para o fenômeno são o cheque mate para o esquecimento (sejam elas quais forem).
  • Consonância: as notícias são veiculadas com um misto de mistério (inicialmente mais forte) e depois de ridicularização, progressivamente valorizado (“Olha o que era! E tem gente que acredita nisto…”).
  • Ubiquidade: com exceção dos casos mais populares, a informação só se mantém por mais tempo em sites especializados. Por conta disto, muitos já consideram que a informação é falsa, por não aparecer em veículos de comunicação de maior renome (“se não está na Globo, Veja, G1.com.br, só pode ser falso!”)

Então percebam: para haver aceitação da sociedade, a mídia deve estar presente de forma maciça, prolongada, além de apresentar uma notícia com qualidade.

Por conta do exposto, tenho uma visão pessimista quanto a um possível desacobertamento. Todas as tentativas (diretas ou indiretas) até agora, isoladamente, são insuficientes para promover uma mudança, embora sejam válidas:

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Nos exemplos acima, pelo menos um dos três mecanismos da espiral do silêncio são falhos, insuficientes para que o tema seja absorvido pela sociedade e aceito como a verdade. Desta forma, a mídia envolta do assunto se enfraquece e o efeito espiral é quebrado.

Perceba que quanto aos sites especializados, a respeito da consonância, citei que nem sempre isto ocorre, pois em muitos deles não há uma “triagem” do material, misturando diversos temas (misticismo, paranormalidade, fadas, tarô, esoterismo, etc). Embora algum dia isto possa até ser provado que exista relação, esta fusão de conteúdo compromete a credibilidade do material visto que outros temas vão de encontro às crenças religiosas e convicções da maioria da população.

Outra situação, já servindo de exemplo: existem links no YouTube, em que num mesmo vídeo há uma mistura de eventos sérios (plausíveis) com outros que já se sabem tratar-se de montagem. Assim, compromete-se toda a credibilidade do todo.

Portanto, quando presenciaremos um desacobertamento?

Quando o “acaso” ocorrer de que todos os três mecanismos da espiral do silêncio estiverem presentes em favor de um único evento ou uma sequência de eventos. Para isso:

a)     Quando s informações sigilosas estiverem disponíveis publicamente: os governos liberarem TODOS os documentos ufológicos, ou ao menos os mais importantes, em que se afirme que já fomos e/ou estamos sendo visitados por seres extraterrenos.

b)     Quando for impossível ocultar um evento de impacto mundial: as entidades extraterrestres se revelarem para a sociedade de forma explícita.

Apenas para não terminar de forma negativa, eu vejo dois pontos positivos para que “a” aconteça antes de “b” (afinal, “b” não depende de nós):

1)     A mídia televisiva está mais aberta ao tema ufologia em canais de documentários (Discovery, National Geographic, History Channel), abordando o tema com uma postura séria (na maioria das vezes), com uma exposição relativamente alta, embora com ubiquidade (presença da mídia em todos os lugares) ainda a desejar, visto se tratar apenas de canais fechados de televisão, e que você pode optar por não ver a notícia.

Lembre-se que na espiral do silêncio, a informação se apresenta de forma tão massiva que é inevitável você ficar totalmente por fora do assunto, mesmo sem nunca ter visto o assunto (exemplo: final de novela, Big Brother, caso de assassinato de repercussão nacional).

São poucos os casos ufológicos que tiveram mesmo impacto. Contudo, o ponto positivo que citei é que, graças a estas séries em forma de documentário, aos poucos se desenvolve uma espécie de formação cultural sobre o tema. São canais sérios que não teriam a informação passada corretamente quando comparado ao Programa do Ratinho, por exemplo.

Eu acredito que isto seja uma forma de “alfabetizar” a sociedade para a ufologia e preparar-nos para uma possível notícia que não ouso prever como seria, muito menos quando. Devemos nos lembrar que, ao se comprovar a “realidade extraterrestre”, os impactos seriam imensuráveis na nossa sociedade e os mais afetados (e desacreditados) seriam os governos. E isto não é teoria da conspiração.

2)     Iniciativas como a do Dr. Greer em realizar audiências públicas, embora não tenham o impacto desejado para quebrar a espiral do silêncio, está servindo para expor informações sigilosas à sociedade e, assim, acelerar o processo de preparação para uma “revelação”. Em outras palavras, está surtindo efeito nos bastidores, longe dos olhos da maioria da população.

Se o governo tem um cartilha ensinando como lidar com um possível desacobertamento, audiências públicas com pessoas renomadas talvez não surtam o mesmo efeito. Enfim, mesmo servindo-se da contrainformação, ainda há um impacto positivo e creio que eles (governo, militares) ainda não saibam ainda como lidar com isto de modo eficiente.

Assim, antes de questionar a atitude de alguém em favor do desacobertamento, pergunto: será que o você faria (se é que você faria) romperia a espiral do silêncio?

“O que estamos enfrentando aqui, por parte da imprensa e também do governo, é um esforço para marginalizar e ridicularizar as pessoas que possuem algum conhecimento específico”  (Mike Gravel, ex-senador dos EUA)

-FACEPALM

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