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Oceanos extraterrestres podem abrigar a vida

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Tempo de leitura: 4 min.
Europa, superfície, Júpiter, Sol
Representação artística da superfície de Europa, uma das luas de Júpiter (ao fundo).

A NASA programou toda a sua esquadrilha de sondas espaciais e frotas de jipes sonda que foram enviados até Marte para encontrarem a água.  Onde há água, pode haver vida, a qual precisa de um solvente como a água para montar suas complexas macromoléculas necessárias para sistemas vivos.

Marte está coberto de evidências geológicas de que uma vez foi um planeta úmido.  Contudo hoje já não é.  Uma das descobertas mais empolgantes até hoje, feita pelos geólogos que trabalham com o jipe sonda Curiosity, foi a de um antigo leito de um riacho, onde a água uma vez fluía há bilhões de anos.

A ironia é que se você viajar algumas centenas de milhões de quilômetros além da órbita de Marte você cruza a linha gelada do sistema solar; a fronteira além, onde há água suficiente preservada desde a época do nascimento dos planetas.

Pelo menos seis luas possuem oceanos em suas subsuperfícies, que poderiam potencialmente abrigar confortavelmente a vida: Europa, Ganimedes, Calisto, Tritão, Encélado e Titã.  Cada um delas pode ter tanta, ou até mais água do que os oceanos da Terra.  Na verdade, comparativamente, a Terra é um mundo seco.

A idéia de uma zona estelar habitável, onde a água possa permanecer estável na superfície de um planeta, foi cientificamente explicada e difundida por Michael Harte, no final da década de 70.  Já que tal zona é equivalente à uma pequena fatia da área do sistema solar, Hart usou seu amplamente citado documento de pesquisa para dar apoio à Hipótese da Terra Rara, a qual defende que a vida complexa seria difícil de replicar no cosmos.

Hoje, o conceito de uma zona habitável é ultrapassado, diz Ken Hand do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. “O cenário dos ‘cachos de ouro’ é desatualizado.  Há novas formas de mediar a habitalidade, por intermédio de interações de maré“.

Este novo paradigma é ainda mais apoiado pela percepção emergente de que há uma tremenda diversidade de vida na Terra em condições extremas.  Na verdade, os assim chamados ‘extremófilos’ foram provavelmente os primeiros habitantes da Terra — e serão os últimos sobreviventes daqui 1 bilhão de anos.

O ato de encontrar amostras de vida em oceanos extraterrestres é uma tarefa gigantesca.  Ela requer a perfuração de quilômetros de uma grossa crosta de gelo.  Mas na verdade isso seria menos complicado que enviar uma plataforma industrial de perfuração e uma equipe de astronautas até Marte, a fim de penetrar a superfície até encontrar aquíferos subterrâneos.

Ainda mais importante, encontrar vida em um oceano da Europa (lua de Júpiter), inequivocamente provaria que um ‘Genesis II’ ocorreu em nosso sistema solar.  E isto significaria que a vida é um inevitável efeito colateral de um universo em evolução.

Europa, Júpiter
Embaixo da crosta de gelo de Europa e outras luas do sistema solar, há um oceano líquido.

A evolução convergente prediz que o universo toma como padrão o mesmo modelo molecular para a vida, irrelevantemente das condições iniciais e das limitações biológicas.  Sem dúvida, os criacionistas abraçariam tais notícias como evidência de um projeto inteligente.

E por que a descoberta de micróbios em Marte não nos levaria até a mesma solução?  O problema é que se descobríssemos que os marcianos usam DNA e RNA, seria tentador pensar que eles sejam realmente nossos primos.  O sistema solar antigo pode ter visto a transfertilização planetária, por intermédio de micróbios ‘pegando carona’ em meteoritos entre a Terra e Marte.  Ou, menos provavelmente, Marte pode ter sido contaminado por uma espaçonave da Terra que foi mal esterilizada.

Mas este não seria o caso com outros oceano na parte externa de nosso sistema solar, os quais têm sido encapsulados por bilhões de anos.

Encélado, uma das luas de Saturno, é um dos lugares mais promissores para ir atrás de micróbios, embora ele fique a 1,6 bilhões de quilômetros daqui.  O oceano de Encélado é muito evidente, diz Hand.  Jatos parecidos com géiseres que ejetam daquela lua através de rachaduras contêm água e material orgânico.  A lua é aquecida pelas forças gravitacionais de Júpiter e isto tem remexido o oceano por bilhões de anos.

Na metade da distância de Encélado, Europa, lua de Júpiter, parece ser um destino melhor para a caça astrobiológica.  Europa possui duas ou três vezes mais água do que a Terra.  Enquanto os oceanos da Terra possuem uma profundidade média de alguns quilômetros, os oceanos de Europa são pelo menos dez vezes mais profundos.

O projeto Jupiter Icy Moons Explorer (JUICE), daAgência Espacial Européia (ESA), fará um tour dos três mundos molhados, Europa, Ganimedes e Calisto, iniciando em 2030.  Olhando além de 2030, o plano é de descer em Europa e empregar uma sonda ‘criobótica’ de aquecimento nuclear para derreter o seu caminho através de uma porção fina da crosta de gelo.  Finalmente, amostras do oceano desta lua seriam enviadas para a Terra para um estudo em um laboratório de biocontaminação de classe 5.

A esterilização não seria um problema, pois a sonda seria irradiada no cinturão de radiação efervescente de Júpiter.  O peróxido de hidrogênio daquela lua esterilizaria ainda mais a sonda à medida que ela cavaria através do gelo.

Porém, a sonda e perfuradora para Europa apresenta vários desafios de engenharia e, sem dúvida, seria muito cara.  Uma missão mais barata proposta, chamada de Live Investigation for Enceladus (LIFE), seria uma descendente da missão Stardust, que capturou grãos de poeira do cometa Wild-2 durante uma revoada próxima a este corpo celeste.  A espaçonave Stardust da NASA, de US$ 200 milhões, capturou os grãos em um disco de aerogel.  O LIFE seria usado em um método similar para agregar amostras dos jatos de géiseres de Encélado (mostrados abaixo), e então retornaria à Terra.

água extraterrestre

Nosso sistema solar é tão rico e variado em mundos com oceanos, que encontrar o ‘Gênesis II’ é provavelmente mais uma questão de ‘quando’ e não de ‘se’.

Tradução: n3m3

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Aproveitando o tema, veja abaixo o trailer para o filme de ficção científica, Europa, que chegará as cinemas em 2013:

Fonte do vídeo: FilmFestivalVideos

n3m3

Fonte: news.discovery.com

 

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