Planetas podem ser ejetados para fora da galáxia a 48 milhões de Km/h
Um novo estudo indica que os planetas com órbitas muito próximas de suas estrelas, as quais são ejetadas de nossa galáxia, podem na verdade serem lançados para fora da Via Láctea a velocidades de até 48 milhões de quilômetros por hora, ou uma fração da velocidade da luz.
“Estes planetas em velocidade ‘warp’ seriam alguns dos objetos mais velozes na galáxia, além dos fótons e das partículas similares aos raios“, disse Avi Loeb, um astrofísico do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, em Cambridge, estado de Massachusetts, nos EUA. “Em termos de objetos grandes e sólidos, estes seriam os mais rápidos. Para eles, demoraria 10 segundos para cruzar o diâmetro da Terra“.
Em 2005, astronomos descobriram evidências de uma estrela que foi ejetada da nossa galáxia à uma velocidade de 2,4 milhões de quilômetros por hora. Esta estrela em hipervelocidade fazia parte de um sistema de estrelas duplas que estava muito próximo de um enorme buraco negro no centro da galáxia.
O forte efeito gravitacional no centro da galáxia separou as estrelas, enviado uma delas pelo espaço afora em alta velocidade, enquanto capturou a outra que ficou em órbita do buraco negro.
Desde então, 16 destas estrelas de hipervelocidade foram descobertas, e Loeb e seus colegas começaram a se perguntar se planetas também poderiam ser ejetados pelo espaço a velocidades extremas. De acordo com as simulações feitas por eles, a possibilidade é real.
Loeb disse que “se houver uma civilização em tal planeta, eles teriam uma viagem muito empolgante. Ela começaria no centro de ambiente mais denso de nossa galáxia, e o planeta cruzaria o espaço em diferentes direções, até finalmente sair da Via Láctea. Um vez que o planeta saia do grupo local de galáxias, ele seria acelerado pela expansão cósmica. Assim, dentro de 1o bilhões de anos, ele iria do centro da galáxia até a borda do universo observável“.
Resultados detalhados do estudo serão publicados nas próximas edições da publicação Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
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Fonte da notícia: www.livescience.com
Colaboração: Vilson Censi