NASA deverá declarar regiões da Lua como ‘zonas proibidas’
A NASA, aquela organização que deu fim à sua esquadrilha de ônibus espaciais, sem sequer ter espaçonaves para substituí-los, e que está contemplando acabar com a Estação Espacial Internacional, agora está planejando declarar certas áreas da Lua como ‘zonas livre de vôo’ (no fly zones), até o final de setembro.
A alegada intenção é a de preservar as áreas onde as naves do projeto Apollo desceram, bem como os artefatos lá deixados durante os quarenta anos do programa.
Esta idéia da NASA surgiu após a Google lançar seu projeto Lunar X, uma competição que dará um prêmio de US$ 30 milhões à primeira equipe privada que enviar um robô até a Lua. O robô deverá ser capaz de se mover por 500 metros e enviar imagens da Lua, e se ele descer precisamente nos locais onde os módulos lunares Apollo desceram, a equipe ganhará um prêmio ainda maior.
O astrônomo neozelandês Stuart Murray diz que “Pessoalmente eu acho que qualquer um deve tentar tirar estas fotos… …Esses objetos têm 40 anos de idade — esta é a minha opinião pessoal. Eu realmente não veja razão para isso [zona livre de vôo]; essas coisas se tornaram um pouco preciosas demais, não?”
Há mais do que 3 dúzias de locais históricos do projeto Apollo na Lua, com vestígios deixados para trás, os quais incluem pegadas e lixo espacial. A NASA está propondo uma zona livre de 2 quilômetros de circunferência desses locais.
Os locais da Apollo 11 e 17 serão proibidos e de acordo com revista Science, a NASA deverá publicar uma lista de recomendações para espaçonaves e astronautas que visitarem a “propriedade do governo dos EUA na Lua“.
Porém, a propriedade foi abandonada e o Tratado Espacial de 1967 deixa claro que a superfície da Lua não tem proprietários, assim as recomendações não serão legais. A lista de restrições inclui a proibição de estudos dos alimentos e fezes deixados para trás pelos astronautas.
Um estudo científico dos alimentos lá deixados revelaria a viabilidade de vida bacteriana na Lua e , se presente, como estas teriam mutado para sobreviver após décadas de exposição à radiação solar e ao vácuo.
Um estudo de qualquer metal deixado na Lua revelaria como estes materiais teriam se degradado após prolongada exposição ao ambiente lunar.
“Eu não vejo razão para não permitirem isso“, diz Stuart. “Seria vantajoso para todos, inclusive para a NASA e todas as pessoas deste planeta“.
“E para mim, esta notícia é um prato cheio para aqueles que subscrevem às teorias da conspiração“, diz Luiz Neme 🙂 .
n3m3
Fonte da notícia: www.sunlive.co.nz
Colaboração: Isaías Balthazar